Recentemente fizemos uma pesquisa sobre satisfação na carreira.
66% das pessoas que responderam ao questionário, informaram que já pensaram em mudar de carreira. Esse é um dado que merece ser entendido.
Levantando as respostas desses 66% nas outras questões, notamos que:
- 50% deles considera o trabalho apenas um pouco estressante (poderia ser até extremamente)
- 44% afirma que conta com algum apoio do gestor em seu cotidiano (poderia ser bastante ou nenhum)
- 50% considera a programação de trabalho muito pouco equilibrada
- 50% revela contar com bastante apoio dos colegas no dia-a-dia
- 61% considera a carga de trabalho um pouco equilibrada
Portanto, aparentemente fatores como stress, suporte e carga de trabalho, para a maioria, não são motivadores para mudar de carreira, dado que apesar de não estar perfeito, não está tão ruim assim.
Então, o que será que faz?
Respondendo abertamente, os motivos foram os mais variados possíveis...muitos falaram sobre qualidade de vida, estar mais tempo com a família, alguns falaram sobre o momento de mercado- pouco investimento em áreas de apoio (como TI, RH, Marketing, Finanças, etc...), gerando baixa perspectiva de desenvolvimento profissional e de remuneração.
Outros trouxeram temas mais diferentes: frustração, vontade de fazer e conhecer coisas diferentes, fazer algo que fizesse bem para as pessoas, se voltar mais às pessoas do que ao lucro.
Por fim, tivemos pessoas "categóricas"- responderam "não é o que eu quero" ou "porque meu trabalho atual nunca foi meu objetivo".
Vamos lá...
Qualidade de vida, momento de mercado e remuneração, não devem ser necessariamente motivos para mudar de carreira. Se você é satisfeito com a sua atividade, vale a pena refletir:
- Em outra empresa ou segmento (com a mesma atividade) seria possível ter uma qualidade de vida melhor?
- Como é a remuneração da minha área de atuação no geral? Como poderia complementar a renda?
- Com relação ao momento de mercado, lembre-se é hora de fazer do limão uma limonada. Bons profissionais crescem com a crise. Se você gosta do que faz, pense como você pode aproveitar a crise para implementar projetos sustentáveis, controlar custos da empresa, etc...
Agora, frustração. Pense: é frustração com relação à sua atividade, à empresa, ao segmento...? Se mudasse de empresa, resolveria? Qual era a sua expectativa quando escolheu essa carreira? O que mudou?
Mas se você tem vontade de fazer coisas diferentes, se você gostaria de ajudar mais as pessoas, pode ser sinal de que é hora de mudar. Assim como é para quem tem a certeza de que "não é o que quer" e que o trabalho atual nunca foi o objetivo.
Mudar de carreira, não é fácil, exige certezas.
Certeza de que o motivo para mudar é algo relacionado a valores pessoais, sentimentos... Por isso, pense bem. Talvez não é preciso mudar de carreira, basta fazer alguns ajustes.
Se dê um tempo, se permita pensar em você. Passamos grande parte da nossa vida no trabalho, se não valer a pena quando você for dormir hoje, quando você estiver com 80 anos, terá valido menos ainda.
Um dos entrevistados respondeu "remuneração deixa a desejar, mas a satisfação pessoal com o trabalho me faz ficar". Esse é o caminho, 100% nunca estará, mas a balança tem que estar positiva para você.
E o Coaching pode te ajudar...na mudança de carreira ou no ajuste necessário para você se sentir realizado. Como? Isso fica para outro post ;-)